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Brigando pelo quinto título do Campeonato Nacional de futevôlei, David ‘Ovelha’ é um expoente do esporte que é febre do momento e ganha cada vez mais adeptos no mundo inteiro. Natural de Aracaju, o sergipano de 33 anos iniciou sua carreira no futebol, mas se apaixonou pela modalidade disputada na areia e hoje é tricampeão mundial e professor.

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Conhecido no futevôlei apenas pelo apelido ‘Ovelha’, David ganhou a alcunha ainda na escola, por causa de brincadeiras de seus colegas com relação ao seu cabelo cacheado e de couro cabeludo falhado.

Quando ainda tinha 19 anos, Ovelha conheceu o futevôlei por meio do futebol, em 2009, e se surpreendeu. “Achava que era um esporte amador, não sabia que tinha confederação e competições oficiais e organizadas pela confederação. Foi amor à primeira vista, o futevôlei foi um divisor de águas na minha vida”, relata.

A adaptação ao esporte, no entanto, foi difícil. Segundo ‘Ovelha’, apesar de futebol e futevôlei terem elementos parecidos, joga-se completamente diferente, tem a areia e fundamentos específicos aos quais é necessário se acostumar. Além disso, quando ele começou, 13 anos atrás, o cenário de futevôlei no Brasil ainda era pequeno, então o volume de competições não era tão perene.

“Quando comecei, disputava-se um campeonato a cada 4 meses, em média. Hoje em dia joga, graças ao aumento da popularidade do futevôlei e do número de praticantes no país, temos competições quase todo final de semana, o que é muito bom”, conta.

Apesar da difícil adaptação, hoje em dia ‘Ovelha’ é referência no esporte e acumula muitos títulos de expressão. É tricampeão mundial, tetracampeão nacional, octacampeão da Copa Norte-Nordeste, hexacampeão Alagoano, 14 vezes campeão Sergipano, 16 vezes campeão Baiano, tricampeão Paulista e bicampeão Carioca e Capixaba.

Além do extenso rol de títulos, ‘Ovelha’ é um dos poucos jogadores de futevôlei brasileiros com ensino superior. Formou-se em Educação Física em 2018, pela Universidade Tiradentes Aracaju, após ter que trancar a matrícula algumas vezes por conta de sua agitada vida como jogador de futevôlei, que é sua fonte de renda.

Hoje em dia, além de jogar, ‘Ovelha’ trabalha na Estação Piracicaba, de São Paulo, onde é coordenador e professor do projeto. Ele também dá aulas de personal de futevôlei de segunda a quinta-feira, de manhã e à noite, tem uma média de 20 alunos. O sergipano também já ministrou aulas em países da Europa, Ásia e América do Sul.

Seu desejo é que mais pessoas conheçam e se interessem pelo futevôlei. “O futevôlei tem pouco conteúdo na internet de forma simples e acessível. Meu objetivo para o futuro é criar um curso online ensinando o básico. É um esporte muito divertido e creio que se elas tiverem esse primeiro contato elas tendem a gostar e começar a praticar”, relata.

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