Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Divulgação
Divulgação

Rebeca Cavalcante Silva nasceu em Codajás, município no interior do Amazonas, e foi criada em Presidente Figueiredo, região metropolitana do estado. Aos 22 anos de idade, ela é faixa marrom de luta livre, faixa verde de judô e faixa azul de jiu-jitsu, modalidade na qual é a atual nona colocada no ranking mundial. Além disso, já foi campeã mundial de luta livre, arte marcial que também é bicampeã brasileira. No jiu-jitsu, a atleta também conquistou o campeonato nacional duas vezes.

A história de Rebeca no esporte começou muito cedo. Aos sete anos, ela começou a praticar a luta livre esportiva, uma arte marcial que mistura técnicas das lutas olímpica, greco-romana, estilo livre, judô e jiu-jitsu. A atleta começou no jiu-jitsu com 16 anos e no judô com 19.

Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, ela contou que demorou para ingressar nessas modalidades por conta da dificuldade de acesso e dos altos custos para a prática. “Quando eu era pequena, minha mãe queria me colocar no jiu-jitsu e no karatê, mas eu acabei não entrando porque na época os kimonos eram muito caros e demoravam a chegar em Manaus”.

A lutadora descobriu seu dom logo cedo e começou a participar de campeonatos grandes, inclusive fora de Manaus. A amazonense lamenta que atletas do seu estado enfrentem tantas dificuldades para participar de campeonatos nacionais por conta da distância e dos altos gastos com transporte, inscrição dos torneios e estadia.

Leia também: Parque da Estrada Velha é cenário de maratona de verão

Cristiano Ronaldo se aproxima do Al Nassr e pode ganhar R$ 1 bilhão por ano, diz jornal

“Apenas com muito esforço atletas locais conseguem se destacar no cenário nacional e internacional. Nosso estado é um dos mais afastados dos lugares de campeonato e isso atrapalha bastante. Além disso, não conseguimos ir a várias outras capitais por estradas e rodovias, o que complica ainda mais por conta dos preços das passagens aéreas”.

Rebeca conseguiu ser um ponto fora da curva e tem conseguido se destacar nas artes marciais no cenário nacional e mundial. Apesar dos resultados expressivos, ela nunca recebeu apoio financeiro do Estado. “Infelizmente ainda luto atrás de alguma ajuda do meu estado e, principalmente, do meu município Presidente Figueiredo. Aqui as coisas são bem difíceis. Eu já conversei com o vice-prefeito algumas vezes, mas nada aconteceu até agora”, contou. Atualmente, a atleta luta para conseguir a bolsa-atleta disponibilizada pelo Governo do Amazonas.

Rebeca contou que é mais comum surgirem patrocinadores antes de viagens para campeonatos importantes e explicou que é difícil haver contratos por períodos longos com atletas de artes marciais. “Alguns patrocínios surgem apenas nas épocas de viagens, enquanto outros são mais firmes durante a carreira”. No momento, ela está sem patrocínios e conta apenas com a ajuda da família e de seu “padrinho” na luta, Renzo Gracie.

Renzo Gracie também é a inspiração da amazonense nas artes marciais. “Ele é um ser humano incrível e um atleta sem igual. Eu almejo, um dia, conquistar as mesmas coisas que ele dentro do jiu-jitsu.

A brasileira ressaltou que é mais importante “arriscar competições fora dos seus estados e, às vezes, do país para conquistar um destaque especial em mídias esportivas e, com isso, conseguir a visibilidade que pode trazer alguns patrocinadores”.

Rebeca ainda deixou um recado para jovens atletas que buscam alcançar grandes resultados como ela. “Treine firme e jamais dê ouvidos a críticas de pessoas que nunca construíram nada dentro do esporte ou de sua profissão”.