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Reprodução / Youtube PonTV
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O técnico Hélio dos Anjos, da Ponte Preta, afirmou ter sido vítima de racismo e homofobia no duelo contra o Brasil-RS, na noite desta terça-feira (8). A partida foi válida pela segunda fase da Copa do Brasil e, com a derrota, a equipe de Campinas se despediu da competição.

De acordo com o treinador, que completou 65 anos nesta terça, as ofensas ocorreram no retorno das equipes para o segundo tempo de jogo. “Ninguém aqui está fazendo onda. Eu sou um treinador negro que, nunca tive, a primeira vez na minha vida, em 38 anos de bola que eu fui chamado da palavra que fui chamado hoje. Inclusive sou muito tranquilo para falar sobre isso”.

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O episódio foi denunciado em súmula pelo árbitro Felipe Fernandes de Lima. Veja o relato completo: 

“No retorno do intervalo, ao adentrarmos o campo de jogo, fomos chamados pelo Sr. Hélio dos Anjos, técnico da Ponte Preta, que relatou ter sido chamado de "negão filho da p...” por um torcedor localizado na arquibancada social do Brasil de Pelotas, atrás do banco de reservas da equipe visitante. A brigada militar foi acionada e solicitou a identificação do torcedor. O Sr. Hélio dos Anjos não conseguiu identificar o torcedor, motivo pelo qual foi dado andamento ao jogo. Tal fato não foi presenciado ou percebido por nenhum integrante da equipe de arbitragem. Durante a averiguação dos acontecimentos, a torcida localizada na arquibancada social proferiu o seguinte cântico repetidas vezes: "Hélio, viado". Até o término da súmula, não foi me apresentado nenhum boletim de ocorrência. Nada mais a relatar”, escreveu o árbitro.

Segundo Hélio dos Anjos, ele irá procurar a Polícia Civil por “não adiantar”. "Não vou fazer nada. Acha que vou perder meu tempo indo para delegacia falar sobre isso? Nós vamos para casa, para o hotel, viajar para Porto Alegre, sábado temos jogo. Não adianta. Não adianta na Europa, olha o que o Vinícius Júnior está passando lá. E está adiantando o que? Em um continente desenvolvido (...) Estamos aqui pensando numa coisa que não vai mudar no país. Entra presidente A, presidente B, presidente C, e não muda. Não muda porque não tem punição. Na Europa não tem”, afirmou.