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Reprodução/Instagram @franciellemattos
Reprodução/Instagram @franciellemattos

Tricampeã do Olympia, competição mais importante do mundo do fisiculturismo na categoria WellnessFrancielle Mattos criticou o uso de esteroides anabolizantes (EA) durante conversa com jornalistas na tarde da última segunda-feira (14), em São Paulo. 

“Hoje em dia, tudo está muito acessível. Em qualquer plataforma você acha tudo no jeito já. Então como você vai falar para uma pessoa que acabou de começar na academia que esse não é o melhor caminho? Então acho que a mensagem não deve ser ‘não use’, e sim ‘tem o momento certo para tudo’. Você quer realmente isso? Saiba que vai ter que pagar o preço (...) os efeitos colaterais virão de qualquer maneira”, disse a atleta.

(Foto: Matheus Macarroni)

Para Francielle, há uma banalização do tema. "Quando eu comecei a praticar musculação não se falava nisso como se fala hoje. Treinei por 10 anos sem saber o que era. Hoje, as pessoas querem acelerar demais".

A atleta aponta que a ansiedade dos praticantes do esporte faz com que muitos deixem de conhecer e respeitar os limites do corpo. "É como colocar a carroça na frente dos bois. É necessário respeitar o processo”, explica.

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Francielle acredita que os jovens devem respeitar o caminho a ser trilho e que há um tempo para conquistar a tão desejada performance. “Às vezes, o jovem entrou há pouco tempo na musculação e já quer fazer o que o atleta está fazendo há muitos anos, e eu realmente acho que esse não é o caminho", opina destacando a importância da rotina nos treinos ou na dieta.

A rainha da Wellness também lembrou que os corpos apresentados durante uma competição de fisiculturismo não correspondem à realidade. "Quando você compete em alto nível, é impossível não usar nenhum recurso. O físico que apresentamos no palco é única e especificamente para o palco, às vezes ele já mudou completamente depois de uma hora. Meu físico de agora (cerca de um mês após o Olympia 2023) já não tem nada a ver com o físico que eu mostrei na minha última competição. Um físico de competição não é um físico saudável – inclusive, meu físico de palco não é sequer o físico que eu conseguiria e gostaria de manter no dia a dia".

Por fim, Francielle ponderou que a utilização de hormônios, bem como todo o processo necessário para se tornar um atleta profissional, exige sacrifícios. "É esse sacrifício que você tem que analisar se vale a pena. Eu tenho uma equipe que cuida de mim composta por médicos e treinadores. Faço exames regularmente".

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