De olho no acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o Sport planeja uma modernização em seu estádio. No dia 13 de novembro, uma audiência pública em Recife vai definir trâmites burocráticos para dar viabilidade ao projeto arquitetônico da "nova" Ilha do Retiro. O conceito da reforma leva o nome de 'retrofit', que consiste em uma ampla reforma que não altera a estrutura tradicional do imóvel.

O projeto de Viabilidade de Empreendimento de Impacto, acompanhado do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), foi protocolado na prefeitura do Recife no mês passado. A capacidade, que hoje é de 26 mil lugares, será aumentada para pouco mais de 35 mil, com a inclusão de cadeiras e mais de 200 camarotes.

Um dos pilares do novo empreendimento está na construção de um edifício empresarial de 35 andares, onde a instalação de salas comerciais neste local ajudariam a bancar boa parte das obras. De acordo com o masterplan apresentado, elaborado pelo escritório JCL Arquitetos, serão salas comerciais flexíveis com espaços de 31m² a 560m². Além disso, será criado um espaço multiuso, com diferentes opções de gastronomia, comércio e cultura, num dos novos estacionamentos que será construído, que ampliará as opções com receitas.

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"Estamos muito esperançosos com o diálogo que tivemos com a prefeitura, pois as exigências foram todas atendidas, e as contrapartidas serão inúmeras. Esse projeto não é apenas um bem comum para o Sport, mas para toda a região.", afirma o presidente do clube, Yuri Romão.

A nova obra prevê melhorias de mobilidade, como a doação de uma área de 3.620,56 m² para a prefeitura de Recife, que vai melhorar o fluxo no entorno do estádio, e de preservação ambiental, mantendo 70% da vegetação atual e preservando o histórico sapotizeiro tombado no terreno.

Na nova Ilha do Retiro, também está prevista a construção de um ginásio multiuso para quatro mil pessoas, que abrigará não somente competições esportivas como também eventos corporativos e convenções.

Para isso, está previsto que as atuais quadras, piscinas e áreas sociais sejam demolidos e construídos numa parte anexa, já que a sede é tombada e não pode sair de onde está. O estacionamento atual também será realocado, mas vai dar espaço para dois novos locais, ambos cobertos, que juntos terão quase três mil lugares.

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