A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criticou as medidas aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño após atos racistas sofridos pelo atacante Luighi, do Palmeiras.
Segundo a CBF, as punições “não combatem com o rigor necessário a discriminação racial” ocorrida contra o brasileiro.
“A Confederação Brasileira de Futebol, embora ainda não tenha sido notificada sobre a denúncia que ofereceu em face do Club Cerro Porteño (Paraguai), em razão dos crimes cometidos pelos seus torcedores contra os atletas Luighi e Figueiredo da Sociedade Esportiva Palmeiras, vem registrar sua inteira indignação com a decisão da Comissão Disciplinar da Conmebol em razão da sua completa inefetividade”, diz a CBF.
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O Cerro Porteño foi multado pela Conmebol em 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil), além de portões fechados durante a Libertadores Sub-20. O clube paraguaio ainda terá que publicar uma campanha para conscientização contra o racismo em suas redes sociais.
Entenda o caso
Na noite de quinta-feira (6), Luighi e Figueiredo foram alvos de ofensas racistas por parte de torcedores do Cerro Porteño durante uma partida válida pela Conmebol Libertadores Sub-20. Alguns torcedores do clube paraguaio imitaram macacos e cuspiram na direção dos atletas brasileiros.
Confira a nota da CBF
A Confederação Brasileira de Futebol, embora ainda não tenha sido notificada sobre a denúncia que ofereceu em face do Club Cerro Porteño (Paraguai), em razão dos crimes cometidos pelos seus torcedores contra os atletas Luighi e Figueiredo da Sociedade Esportiva Palmeiras, vem registrar sua inteira indignação com a decisão da Comissão Disciplinar da Conmebol em razão da sua completa inefetividade.
A decisão não combate com o rigor necessário a discriminação racial ocorrida, mas, lamentavelmente, incentiva a prática de novos atos criminosos ante a ineficácia das penalidades aplicadas – sobretudo a um clube reincidente -, porque só atinge a equipe sub-20 do Clube denunciado que está muito provavelmente apenas a um jogo de encerrar sua participação na competição, tornando a já insignificante penalidade, sem serventia.
O racismo no esporte, além de ser uma afronta à dignidade humana, compromete os valores de respeito, inclusão e igualdade que devem nortear as competições esportivas.
A CBF tem reforçado continuamente sua política de tolerância zero contra atos discriminatórios e adotará todas as medidas cabíveis face ao descumprimento do Protocolo Global Antirracismo da FIFA pela Conmebol, cuja aplicação é obrigatória conforme a Circular nº 1884, enviada em 16 de maio de 2024, para todas as 211 (duzentas e onze) associações membros da FIFA.
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