A região do Pantanal enfrenta a sua pior seca em 50 anos. Desde o início de 2020, as queimadas consumiram uma área de pelo menos 17 mil quilômetros quadrados, o equivalente a dez vezes a cidade de São Paulo. Isso representa mais de 10% de um dos biomas mais importantes do mundo perdidos para o fogo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 7.727 casos de foco de calor registrados entre janeiro e agosto, um aumento de 211% em relação ao mesmo período no ano passado.

Mais de 90% das chamas é decorrência da ação humana e influência da agropecuária: o Pantanal tem suas nascentes no cerrado, que já tem menos de 50% de sua vegetação ativa. Isso resulta em uma mata seca que funciona como um combustível potencial para o fogo.

Além disso, o Pantanal recebe parte de suas chuvas por meio dos rios voadores que provêm da Floresta Amazônica, região que também vêm sendo desmatada e gerando a seca.

A destruição das matas, além de impactar a flora e a fauna da região, ainda gera o medo nos moradores e produtores locais do Pantanal, que sofrem com propriedades atingidas pelo fogo.