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Crianças que passam a quarentena com fumantes podem desenvolver problemas de saúde

Bronquite, rinite, otite e infecção pulmonar estão entre os problemas que crianças que fumam passivamente podem desenvolver. Elas também têm mais propensão a se tornarem adultos fumantes


27/08/2020 15h00

Durante a quarentena, o número de tabagistas no Brasil cresceu de 9,3% para 9,8%, segundo a Vigitel (sistema de pesquisa do Ministério da Saúde). Além de ser prejudicial para os fumantes, os cigarros ainda podem ser um perigo para os pequenos que convivem que adultos que fumam, especialmente nessa fase do desenvolvimento.

A companhia de Pedro, saudável e feliz, é sinônimo de alegria para Priscila Braghini, mas, como mãe fumante, ela carrega algumas culpas. "Hoje, ele é super saudável, mas ele teve uns problemas respiratórios: bronquite, sinusite, bronquiolite e todas as vezes eu sempre pensei que a culpa foi do cigarro, do tabagismo", afirmou a autônoma. "Eu acho feio o hábito de fumar, eu vejo que minha pele está diferente, está mais envelhecida. Eu fico magoada, porque ninguém fuma em casa. Meu marido não fuma e o meu filho pede o tempo todo pra eu parar de fumar."

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O cigarro eletrônico também oferece riscos, já que a concentração de nicotina pode ser 15 vezes maior que o cigarro comum. Bronquite, rinite, otite e infecção pulmonar estão entre os problemas que crianças que fumam passivamente podem desenvolver. Elas também têm mais propensão a se tornarem adultos fumantes.

"Houve o aumento de consumo e esse aumento de consumo leva a mais tabagismo passivo dentro de casa, e a criança está sujeita a isso. Com todo mundo fechado dentro de casa, aquele papo de 'ah eu fumo na janela' ou 'eu fumo na área de serviços', a fumaça vai pra todo lugar", disse João Paulo Becker, pediatra da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

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Parar com o vício não é fácil, mas há locais, como o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), que oferecem tratamento gratuito. "Dá para parar de fumar, só é preciso conscientizar a família. Os filhos são fatores importantes nessa procura de ajuda para parar de fumar", explicou Becker. 

Motivada pela maternidade, a pedagoga Janaína Muscari conseguiu deixar o cigarro. "Assim que eu voltei de lua de mel, eu joguei meus maços de cigarro e decidi que eu ia parar de fumar mesmo. Depois, eu engravidei aos 33 anos e aos 34 anos nasceu minha primeira filha. Hoje, faz quase 15 anos que eu não fumo mais", relatou. 

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