O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar que indicará um jurista evangélico para ocupar a próxima vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita na noite dessa segunda-feira (5), durante a celebração do aniversário do pastor José Wellington, um dos líderes da Assembleia de Deus, na zona leste de São Paulo.
Bolsonaro chegou à cidade no início da tarde de ontem e foi ao Hospital Albert Einstein para avaliar o resultado da cirurgia de retirada de cálculo na bexiga realizada há duas semanas. Segundo a equipe médica do presidente, ele está em "excelentes condições clínicas".
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À noite, Bolsonaro esteve presente no culto, onde chamou de "precipitado" quem o criticou por não ter indicado um ministro evangélico para preencher a vaga de Celso de Mello, que deve deixar o STF na próxima semana.
"Vamos ter no STF um ministro terrivelmente evangélico. Agora mais ainda. Alguns um pouco precipitados achavam que devia ser a primeira vaga, que acabei de indicar. A segunda vaga, que será [indicada] em julho do ano que vem, com toda certeza, mais que terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos lá dentro um pastor", afirmou o presidente. "Imaginemos as sessões daquele Supremo Tribunal Federal começarem com uma oração. Tenham certeza de uma coisa: isso não é mérito meu. É a mão de Deus."
Para ocupar a vaga de Celso de Mello, Bolsonaro indicou o desembargador Kassio Nunes Marques, de acordo com a decisão publicada na última sexta-feira (2) no Diário Oficial da União.
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