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Pix: Especialista dá dicas de como proteger dados pessoais de fraudes e golpes virtuais; confira

No Jornal da Tarde, o coordenador do curso de Defesa Cibernética da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Rafael Silva, deu orientações de como fazer transferências e navegar na internet de forma mais segura


16/11/2020 16h12

Em todo o processo de compra e pagamento no ambiente virtual, há o risco de fraudes. Esses golpes ficam cada vez mais sofisticados, já que os criminosos estudam a fundo o comportamento do usuário para enganá-lo de diversas formas em um processo chamado de engenharia social

Quanto mais operações digitais são feitas mais é preciso estar atento. Nesta segunda-feira (16), começou a funcionar uma nova modalidade de pagamentos: o Pix. Com mais de 70 milhões de cadastros, a tecnologia criada pelo Banco Central já está disponível para 734 instituições financeiras e tem como objetivo aumentar e facilitar a digitalização das transações financeiras no país.

Para orientar e dar dicas sobre como diminuir as chances de fraude, o Jornal da Tarde conversou com o coordenador do curso de Defesa Cibernética da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Rafael Silva.

"Assim como todo o método de pagamento e transferência, o Pix não é diferente. O usuário tem que tomar cuidado com os dados pessoais. Ele tem chaves, que ele tem que cadastrar e essas chaves podem estar públicas se algum tipo de dado desse usuário tiver vazado", explicou Silva. "Então, é importantíssimo que o usuário guarde essas informações com muita confidencialidade, não espalhe isso e, se houver um vazamento, ele automaticamente tem que entrar em contato com a instituição financeira para fazer a troca dessas chaves ou a substituição da mesma."

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O professor ainda alertou que as instituições financeiras não costumam entrar em contato com os usuários pedindo para que a senha seja alterada e, por isso, mensagens de texto ou e-mails que chegam com este pedido, normalmente, são configurados como fraude. Outro golpe que ocorre com frequência são as clonagens de chip de celular, a fim de que os hackers obtenham acesso a dados pessoais dos usuários.

Agora, com a pandemia do novo coronavírus, as comercializações pela internet aumentaram e a rede domiciliar não tem tanta proteção como a rede corporativa. "Então, o usuário tem que tomar cuidado com os links e verificar a questão dos e-mails, para ele não sofrer nenhum tipo de fishing, que seria o que? Seria um ataque em que ele recebe um e-mail falso", explicou Silva. "É importante não clicar em links maliciosos, mesmo que receba por e-mail. Se receber algum e-mail e tiver dúvida, ligar para a instituição financeira."

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"Nada é 100% seguro, mas para o usuário aumentar a segurança, ele pode ativar o segundo fator de autenticação. [...] Quando você vai transacionar no banco, você loga a primeira vez em um aplicativo, você tem que vincular esse aplicativo no seu celular e quando você vai transacionar, por exemplo, fazer uma TED ou uma DOC, ele pede um token, esse token é seu segundo fator de autenticação", orientou o professor.

As redes sociais também têm essa dupla autenticação e, de acordo com Silva, na internet, é possível encontrar tutoriais de como ativá-la.

"Hoje em dia, a gente tem que estar atento a todo o momento. Eu costumo brincar que internet é que nem sair na rua com uma criança pequena, quando você sair na rua com uma criança pequena, você sai com ela de mão dada, você não deixa ela solta. É a mesma coisa, não fique solto na internet. Se você tiver alguma dificuldade, principalmente quem não tem muita inclusão no mundo digital, fique sempre esperto, porque as fraudes estão por aí".

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