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Turquia anuncia que CoronaVac tem 91,25% de eficácia contra o novo coronavírus

Os dados são referentes à fase três de testes do imunizante no país. No Brasil, o Instituto Butantan manteve os resultados sob sigilo, mas afirmou que a vacina obteve mais de 50% de eficácia


24/12/2020 16h15

A Turquia divulgou nesta quinta-feira (24) que a vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, apresentou 91,25% de eficácia contra o novo coronavírus durante a fase três de testes no país. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde local, Fahrettin Koca, em seu perfil no Twitter. 

Os testes no país envolveram 7.371 voluntários e, segundo os pesquisadores, nenhum sintoma importante foi detectado durante o estudo, exceto por uma reação alérgica em um dos voluntários. 

Leia também: São Paulo recebe cerca de 5,5 milhões de doses da CoronaVac

A Turquia comprou 50 milhões de doses da CoronaVac, que estão previstas para chegar ao país na próxima segunda-feira (28), de acordo com Koca. Na primeira etapa, que inclui a imunização dos profissionais da saúde, 9 milhões de pessoas deverão ser vacinadas no território turco.

"Temos 3.218 novos pacientes detectados hoje. O declínio no número de casos ativos continua. Recebemos a boa notícia de que a vacina será eficaz. Agora é a hora de nos protegermos melhor, até que possamos ser imunizados. Vamos nos preparar para dias de cautela", escreveu o ministro. 

Nesta quarta-feira (23), o Instituto Butantan, que está produzindo o imunizante chinês no Brasil, decidiu adiar pela segunda vez a divulgação dos dados sobre a eficácia da CoronaVac. Segundo o diretor do instituto, Dimas Covas, toda a base de dados sobre o imunizante precisa passar por análise da Sinovac antes de ser divulgada, processo que deve demorar até 15 dias. 

A taxa de eficácia registrada durante os testes no Brasil não foi informada, mas o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que ela é "bem superior" ao mínimo de 50% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Após o anúncio da Turquia, o instituto afirmou, em nota, "que não comenta informações relativas a contratos da Sinovac com outros países".



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