Na última terça-feira (9), o US Food and Drug Administration (FDA) - órgão dos EUA equivalente à Anvisa - autorizou o uso emergencial de tratamento com combinado de anticorpos monoclonais para pacientes com sintomas leves ou moderados de Covid-19, com risco de evoluir para estado grave.
O tratamento foi desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly e consiste no uso de um coquetel com anticorpos bamlanivimab e etesevimab. O estudo da fase 3, feito no fim de janeiro, resultou na redução de 70% de hospitalizações e mortes por coronavírus em pacientes de alto risco.
Segundo a empresa, os resultados envolviam 1.035 pessoas e houve redução na carga viral dos pacientes e no tempo de recuperação da doença. Eles receberam um placebo, ou a combinação de 2,8 gramas de cada um dos dois anticorpos.
No placebo, foram 36 mortes ou hospitalizações, correspondentes a 7% do grupo. Dos pacientes que receberam o tratamento, houve 11 mortes ou internações, 2,1% desse grupo.
Em comunicado, a FDA autorizou a aplicação do coquetel antiviral em pacientes com mais de 12 anos e pesando acima de 40kg que estejam infectados com Covid-19 e proibiu o tratamento para pessoas internadas ou que façam uso de oxigênio no tratamento da doença.
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A empresa Eli Lilly disse em comunicado que pretende fabricar até 1 milhão de doses do antiviral até meados deste ano e continuará estudando o medicamento em outro ensaio para examinar se doses mais baixas produzem o mesmo impacto.
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