Nesta terça-feira (16), a deputada Flordelis (PSD/RJ) começou a fazer a própria defesa em reunião do Conselho de Ética da Câmara. Ela negou as acusações de que tenha mandado matar o próprio marido, o pastor Anderson do Carmo. A parlamentar chorou e diz sofrer perseguição pública.
Flordelis responde pela acusação criminal na Justiça do Rio de Janeiro. No Conselho de Ética, ela é alvo de uma representação por quebra de decoro e pode perder o mandato.
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Durante o depoimento, a deputada diz que a vida dela e da família “se transformou em um caos” depois da morte de Carmo. “Eu sou inocente. eu não mandei matar meu marido. Eu não participei de nenhum ato de conspiração”, afirmou a parlamentar.
A deputada está sendo monitorada por uma tornozeleira eletrônica desde outubro de 2020. Diferente da situação de Daniel Silveira (PSL/RJ), ela não foi para regime fechado pelo fato de não ter sido presa em flagrante.
No último mês de fevereiro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento da deputada até que as acusações criminais fossem julgadas. A Câmara ainda não se pronunciou sobre esse pedido, então, Flordelis continua no exercício do mandato.
Ao final do depoimento, ela fez um apelo para o Conselho de Ética da Câmara: “quero pedir que não cometam nenhuma injustiça comigo”.
Sobre o caso
O Pastor Anderson do Carmo foi morto a tiros na garagem de sua casa em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em 2019. Flordelis é ré por cinco crimes relacionados ao caso, incluindo homicídio triplamente qualificado e associação criminosa. A parlamentar nega todas essas acusações.
Além de deputada, outras dez pessoas foram denunciadas por estarem envolvidas no crime, entre elas sete filhos e uma neta de Flordelis.
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