O julgamento de George Floyd continua nesta terça-feira (30). Darnella Frazier, a jovem que gravou o policial Derek Chauvin se ajoelhando no pescoço de Floyd, começou ser ouvida no julgamento. Na época, ela tinha 17 anos e compartilhou o vídeo nas redes sociais que viralizou no mundo inteiro.
Há algumas semanas, Frazier usou as redes sociais para comentar o caso. Segundo ela, Floyd “implorou por sua vida e Chauvin simplesmente não se importou”. Ela ainda pediu que a justiça seja feita nesse episódio.
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Frazier é uma das primeiras testemunhas a prestar depoimento sobre o caso. A previsão é de que os depoimentos de abertura e os depoimentos de testemunhas durem cerca de quatro semanas. Seis homens e nove mulheres foram escolhidos para formar o júri. De acordo com a CNN americana, o julgamento se concentrará na causa da morte e nas intenções de Chauvin.
Chauvin é acusado de homicídio não intencional em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau; ele nega as acusações. Se for condenado, ele pode pegar até 40 anos de prisão por homicídio em segundo grau, até 25 anos por homicídio em terceiro grau e até 10 anos por homicídio culposo em segundo grau.
Relembre o caso
George Floyd foi assassinado em 25 de maio por um policial branco. Derek Chauvin, que foi filmado ajoelhado sobre o pescoço de Floyd por quase nove minutos, foi preso por homicídio em segundo grau.
A morte de George Floyd gerou uma onda de protestos nos Estados Unidos e no mundo devido ao racismo estrutural e à violência policial. A frase "Black Lives Matter" (vidas negras importam, em português) foi amplamente usada durante as manifestações, assim como as últimas palavras de Floyd "I can't breathe" (não consigo respirar).
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