Predominantemente feminino, o grupo de profissionais do trabalho doméstico sofre com o desemprego e com a exposição à Covid-19.
A primeira morte pela doença no Rio de Janeiro, ainda em março de 2020, foi de uma doméstica. Ela pegou o vírus da patroa, que havia viajado para a Itália. O caso é um retrato do modo como a classe, que já é subvalorizada, está vulnerável em meio ao caos da pandemia.
Em todo o Brasil, são quase cinco milhões de profissionais, com 92% de mulheres. Somente 28% da classe possui carteira assinada. Por conta da crise do coronavírus, o país perdeu 1,5 milhão de trabalhadores domésticos em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Tivemos um aumento muito grande de demissões. As trabalhadoras que não estão trabalhando com carteira assinada foram as mais prejudicadas, porque não foram enquadradas na Medida Provisória que garantia a suspensão do contrato de trabalho", aponta Luiza Batista, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas.
Mesmo quando recebem equipamentos de proteção para trabalhar, o risco de exposição ainda é grande para as empregadas domésticas. Para Batista, um dos problemas é a pouca fiscalização do cumprimento de medidas de proteção. "Nós não sabemos como está sendo feita a proteção das trabalhadoras nesses locais", completa.
Confira reportagem do Jornal da Tarde:
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