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O Brasil tem 17 projetos de vacinas nacionais contra a Covid-19 em desenvolvimento. Especialistas avaliam que imunizantes nacionais facilitam a produção e a proteção da população, uma vez que não necessitam de insumos importados.

Apresentada como a primeira vacina contra o novo coronavírus 100% brasileira, a Butanvac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em São Paulo, espera autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para começar os testes em humanos.

Assim como a Butanvac, a Versamune, produzida pela USP de Ribeirão Preto em parceria com a Farmacore, startup na área de Biotecnologia também de Ribeirão Preto, já enviou pedido de autorização à agência para testes, que devem começar em junho.

As duas primeiras fases terão 360 participantes e custarão R$ 30 milhões. A terceira fase, que depende de R$ 310 milhões prometidos ao projeto pelo ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, terá a participação de 20 mil voluntários.

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Outras seis iniciativas em busca de novas vacinas contra a Covid-19 estão sendo desenvolvidas pela USP. A mais avançada é a liderada pelo imunologista Jorge Kalil, diretor do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP). O projeto desenvolve uma vacina em forma de spray nasal. A expectativa é que os estudos em humanos sejam iniciados até o fim de 2021.

“No ano passado foram feitas vacinas baseadas em um princípio, agora essas vacinas vão ser refinadas. Desde o início, nós sabíamos disso e por isso trabalhamos em vacinas de segunda e terceira geração”, diz Kalil.

Além destes imunizantes nas fases iniciais, há projetos promissores na UFMG, em Minas Gerais, na UFRJ e na Universidade Federal de Viçosa, ambas no Rio de Janeiro, e na Fiocruz/Bio-Manguinhos e UFPR no Paraná.

De acordo com o coordenador de pesquisa da UFPR Emanuel Maltempi de Souza, no Brasil, todas as iniciativas sofreram com a falta de financiamento adequado. “Nosso financiamento inicial foi de R$ 200 mil. Não dá para comparar com a Moderna, por exemplo, que recebeu, nas fases pré-clínicas e clínicas, U$ 1 bilhão e, para a produção, mais U$ 1 bilhão do governo americano”, comenta.

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Mesmo que leve tempo, médicos e cientistas consideram fundamental o desenvolvimento de vacinas nacionais. Além da facilidade de produção, existe a chance de a Covid-19 se tornar uma doença sazonal, como a gripe, em que é preciso uma campanha de vacinação anual.

Para o professor da USP Gonzalo Vecina, o Brasil poderia estar mais à frente no cenário da produção de imunizantes se tivesse uma melhor política de desenvolvimento. “As pesquisas nacionais não evoluíram mais rápido pela falta de investimento que nós temos em uma política de ciência e tecnologia”, opina.

Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar nesta quinta-feira (13) no Jornal da Tarde.