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Verba destinada para Universidades Federais continua a mesma de 17 anos atrás

Reitores alertam para possibilidade de "apagão" na área da Educação e das pesquisas se o valor do orçamento não for revisto


13/05/2021 17h39

Os reitores de Universidades Federais pedem que o governo reveja o Orçamento de 2021. Eles alertam para a possibilidade de um “apagão” na Educação e na pesquisa caso a verba destinada para a manutenção dos locais continue a mesma de 17 anos atrás. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), uma das mais importantes do pais, pode fechar as portas em julho.

O corte no orçamento coloca em risco a manutenção de prédios e laboratórios, a compra de insumos para pesquisa e o pagamento de bolsas de estudo. De acordo com o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitor da UFG (Universidade Federal de Goiás), Edward Madureira, algumas instituições apresentam dificuldades para arcar com despesas básicas.

“Nós temos algumas universidades que receberam aviso das operadoras de energia ameaçando a suspensão. Uma universidade sem energia é obrigada a fechar as portas. Estamos falando do básico, que impacta em todas as atividades. Ensino, pesquisa e extensão”, relata.

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O orçamento de 2021 disponibiliza R$ 2 bilhões e 500 milhões para as universidades federais onde estudam cerca de um milhão e 300 mil estudantes. O valor atualizado pela inflação é praticamente o mesmo de 2004, quando havia a metade do número de alunos. De 2020 para 2021, o corte foi de 18,16%. As instituições também criticam recentes bloqueios orçamentários.

A situação têm afetado estudantes, como Larissa Alves, que faz graduação de Agronomia do Instituto Federal do Sul de Minas. Segundo ela, os próprios alunos foram obrigados a repor tarefas de funcionários que foram demitidos.

“Nossa faculdade é uma fazenda, funciona totalmente com produção animal e vegetal. A partir do momento que muitos funcionários foram mandados embora, nós, estudantes, tivemos que assumir responsabilidades. Tivemos problemas com xerox, álcool, papel higiênico, pequenas coisas que a gente nota no dia a dia”, conta.

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A UNIFESP admite que há risco de paralização total, ainda mais se houver obrigatoriedade do retorno presencial, o que demandaria mais adaptações sanitárias. Já a UFRJ, maior universidade federal do país, fechará parcialmente no segundo semestre por falta de verba, segundo a reitora Denise Pires de Carvalho.

“Estamos aqui fazendo um apelo em defesa de todas as instituições de ensino superior para que nosso orçamento seja recomposto, pelo menos, aos patamares de 2020, porque ele vinha sendo reduzido progressivamente”, diz.

O Ministério da Educação comunicou em nota que "não tem medido esforços nas tentativas de recomposição e/ou mitigação das reduções orçamentárias".

Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar nesta quinta-feira (13) no Jornal da Tarde.

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