O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello depõe nesta quarta-feira (19) à CPI da Covid. Ele foi o terceiro titular da pasta no governo Jair Bolsonaro e permaneceu no cargo por 10 meses.

Em sua fala inicial, Pazuello relatou como foi a gestão de crise em Manaus. "No começo de 21 fomos expostos a um desafio maior do que qualquer um poderia esperar. Vi e vivi o impacto somatório de dois fatores: o surgimento de uma nova e mais agressiva variante do coronavírus e o colapso da rede de saúde de Manaus, o que resultou em milhares de mortes em um curto espaço de tempo", disse.

O ex-ministro afirma que antecipou-se aos fatos e, no final de dezembro, tomou a decisão de destacar uma equipe do Ministério da Saúde para avaliar in loco a realidade da situação em Manaus e propor medidas de apoio. "Mesmo antes de conhecermos a profundidade real dos fatos, decidi deslocar imediatamente o gabinete do Ministério juntamente com todos os secretários nacionais de Saúde para Manaus, e de lá, prestarmos todo o apoio possível ao governo do estado e ao município", explica.

"A crise sanitária de Manaus nos levou a montar as maiores operações logísticas e emergenciais já realizadas na história. Graças ao apoio incondicional da força aérea brasileira foram transportados 1,6 milhões de metros cúbicos de oxigênio e equipamentos nos permitindo estabilizar o fornecimento de oxigênio em seis dias. Simultaneamente, foi estabelecida uma ponte aérea para efetuar a remoção de pacientes hospitalizados com Covid-19 de Manaus para várias cidades do Brasil", finaliza o ex-ministro.

Acompanhe ao vivo a sessão desta quarta-feira (19) da CPI da Covid:

Leia também: Pazuello define missão ao assumir ministério: "trocar a roda com o carro andando"; Governo agiu de forma rápida mesmo enquanto não se falava em imunizantes, diz Pazuello