Em evento do Ministério do Turismo nesta quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a suspeita da existência de gabinete paralelo para gestão da crise de Covid-19 no Brasil.
Bolsonaro disse que "não errou" na condução da pandemia e que "muitas pessoas o aconselharam". Entre elas, citou o pastor Silas Malafaia e Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência.
"Não errei nenhuma sequer. Não foi da minha cabeça, foi conversando com pessoas, como um anônimo entre nós por muito tempo, o Arthur Weintraub [...] Pessoas que estão buscando salvar vidas, e não se acomodando. Isso para CPI agora é gabinete paralelo. Muitas pessoas me aconselharam. Silas Malafaia, Paulo Skaf", disse.
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Bolsonaro voltou a citar relatório do Tribunal de Contas da União que apontaria que metade das mortes por Covid-19 no Brasil em 2020 não ocorreram pela doença. O órgão já negou o dado e iniciou uma apuração da conduta do servidor que escreveu a nota.
"Parabéns ao Tribunal de Contas da União. O relatório deles tem mais de 100 páginas, bastante claro, dizendo que o critério adotado pelo Ministério da Saúde poderia levar à prática de uma super notificação de casos de Covid, para que governadores ganhassem mais recursos do Governo Federal", disse o presidente.
"Alguns governadores, para justificar a super notificação, decretaram lockdown e toque de recolher. Para justificar óbitos que, segundo o TCU, apesar de não ser conclusivo... Mas indícios enormes das super notificações", continuou. Bolsonaro ainda usou o suposto relatório para voltar a defender a utilização de medicamentos ineficazes contra a doença.
"Se nós poderíamos ser, não estou afirmando, um dos países com os menores números de morte por Covid, por que isso aconteceu? Tratamento precoce", concluiu.
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