O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel disse à CPI da Covid nesta quarta-feira (16) que sua "perseguição" no processo de impeachment começou por mandar investigar sem parcialidade o caso Marielle.
A vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em uma emboscada na região central do Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018.
"Fui condenado por omissão. Fui perseguido vergonhosamente por instituições que não poderiam se politizar", completou Witzel sobre seu impeachment . Ele ainda disse que foi vítima de "linchamento moral" e que foi caçado em um tribunal "totalmente parcial". Em setembro, a Assembleia Legislativa do Estado registrou 69 votos a favor de seu afastamento.
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Na última terça (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques concedeu ao ex-governador do Rio de Janeiro o direito de não comparecer à CPI. Ele também defendeu que, por já estar sob investigação, o ex-governador não é obrigado a cumprir o “compromisso de dizer a verdade" e tem garantido o direito ao silêncio.
O vice-presidente da comissão Randolfe Rodrigues apontou como motivo da convocação uma série de denúncias de que Witzel se beneficiou de um esquema de corrupção no início da pandemia.
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