O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel disse à CPI da Covid nesta quarta-feira (16) que "os recursos chegaram 'em cima do laço'", em relação ao auxílio emergencial. "Nós tínhamos até imaginado a possibilidade de redução do salário dos servidores para poder fazer frente ao controle da pandemia", completou.
Ele apontou que o governo do estado enfrentou dificuldades até a chegada dos pagamentos: "Se você pede para ficar em casa porque é necessário, e a população não tem uma resposta do auxílio emergencial na mesma agilidade que as medidas de combate à pandemia eram acionadas, evidentemente que você tem dificuldade de conduzir a pandemia. Então, demorou o auxílio emergencial."
Na última terça (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques concedeu ao ex-governador do Rio de Janeiro o direito de não comparecer à CPI. Ele também defendeu que, por já estar sob investigação, o ex-governador não é obrigado a cumprir o “compromisso de dizer a verdade" e tem garantido o direito ao silêncio.
O vice-presidente da comissão Randolfe Rodrigues apontou como motivo da convocação uma série de denúncias de que Witzel se beneficiou de um esquema de corrupção no início da pandemia.
Leia também: Witzel diz que Bolsonaro o chamou de "estrume, ditador e leviano" por apoiar o isolamento social; Witzel diz que sua "perseguição" começou por mandar investigar sem parcialidade caso Marielle
REDES SOCIAIS