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Filipe Martins, assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assuntos internacionais, virou réu pelo crime de racismo. Durante uma sessão no Senado em 24 de março, ele fez um gesto utilizado por grupos supremacistas branca.

A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal no último dia 8. Ela foi aceita nesta quarta-feira (23) pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara de Justiça Federal, do Distrito Federal.

“A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança”, escreveu o juiz na decisão, citando o relatório da Polícia Legislativa do Senado. Ele também usou um laudo pericial e vídeos da cena para tomar a decisão.

O assessor responderá segundo a lei de crimes raciais por ter praticado e induzido a discriminação e o preconceito de raça. A pena pode ser de prisão de um a três anos, pagamento de multa mínima de R$ 30 mil e perda do cargo público.



O que diz a denúncia

A perícia analisou as imagens de Martins durante a sessão no Senado. Martins fez um gesto obsceno enquanto Rodrigo Pacheco (DEM/MG) discursava. O gesto que une o indicador e o polegar de forma arredondada. Nos Estados Unidos, essa expressão é associada a grupos extremistas. 

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Durante sessão no Senado em 24 de março, Filipe Martins fez um gesto obsceno enquanto Rodrigo Pacheco (DEM/MG) discursava. O gesto que une o indicador e o polegar de forma arredondada. Nos Estados Unidos, essa expressão é associada a grupos extremistas.

Os procuradores afirmam que ele buscou fazer o gesto que, inicialmente, era usada como “OK”, e passou a ser usado como “WP”, uma sigla para White Power. Os três dedos esticados formam o W, enquanto o indicador colado no polegar ser o P.

Em sua defesa, Martins alegou que estava apenas ajeitando o seu terno, o que não convenceu os representantes do MPF.

“As imagens de vídeo captadas durante a sessão e analisadas detidamente no inquérito policial revelam que o gesto do denunciado foi realizado de forma completamente inusual e antinatural, e deixam evidente que não teve o intuito de ajustar a roupa”, diz a denúncia.