Qual é a origem dos sete pecados capitais? Pondé explica histórico no Linhas Cruzadas

Vaidade, ira, inveja, gula, luxúria, preguiça e avareza são o tema do Linhas Cruzadas desta quinta (24). No programa, o filósofo Luís Felipe Pondé e a jornalista Thaís Oyama conversam sobre as origens do conceito e a percepção dos sete pecados no mundo contemporâneo.

"O que o Tomás de Aquino fez no século 13 foi dar uma sistematizada numa época em que, por conta inclusive da influência do método filosófico - agora vou falar um palavrão, escolástico -, uma forma de pensamento bastante racional, organizado, dedutivo e tal. Pecado tal, deriva tais, tais, tais, e tais. Por conta disso, então, São Tomás fez essa organização desses pecados que foram amadurecendo ao longo do tempo", explica Pondé.

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Sobre os pecados serem especificamente sete, o filósofo argumenta que o conceito tem mais a ver com a sistematização do pecado na fé cristã do que com a quantidade de fato: "O número não é tão importante, o importante é ver nessa questão dos pecados uma construção tipicamente cristã. Porque há no judaísmo, há no islamismo, mas o cristianismo criou a noção de natureza pecadora, a ideia de que é uma espécie de defeito de fábrica pós-queda [do Paraíso]". 

"Adão e Eva estabeleceram um comportamento, começando com orgulho e inveja de Deus, querendo ser igual a Deus. Então, [a ideia é] que a gente nasceria com uma espécie de DNA, que tem problemas que, no entendimento do Tomás, resumia um pouco a ópera de todos os principais problemas. E a partir deles você podia derivar outros", completa. 

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Veja o trecho:

Assista ao programa na íntegra:

Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.