Notícias

CPI convoca Ricardo Barros e gestor da Saúde citado em denúncia de propina por vacinas

Líder do governo na Câmara teria sido citado por Bolsonaro em resposta a denúncia na compra da Covaxin. Empresário diz que diretor do ministério pediu propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca


30/06/2021 11h13

No início da sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (30), senadores aprovaram a convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Ao todo, foram aprovadas as convocações de 21 pessoas.

A convocação do líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, acontece após depoimento dos irmãos Miranda à comissão. Segundo eles, houve pressão pela liberação da vacina indiana Covaxin, embora a área técnica do Ministério da Saúde tenha constatado irregularidades no contrato. 

A suposta pressão e os indícios de fraude foram, segundo esse depoimento, relatados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que teria atribuído o caso ao deputado Ricardo Barros.

Roberto Dias, foi exonerado na noite desta terça-feira (29), após o jornal Folha de S. Paulo publicar entrevista com o representante da Davati Medical Supply no Brasil, Luiz Paulo Dominguetti. 

Ao jornal, o empresário disse que o diretor da Saúde pediu propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca para a empresa assinar contrato com o ministério. Dominguetti também foi convocado.

Veja a lista de convocados pela CPI da Covid nesta quarta:

Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados;

Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde;

Marcelo Bento Pires, coordenador de logística do Ministério da Saúde;

Regina Célia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde;

Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde;

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply no Brasil;

Cristiano Alberto Carvalho, procurador da Davati Medical Supply no Brasil;

Rodrigo de Lima, funcionário do Ministério da Saúde;

Rogério Rosso, ex-deputado e diretor da União Química;

Robson Santos da Silva, secretário de saúde indígena do Ministério da Saúde;

Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;

Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos;

Antônio José Barreto de Araújo Junior, ex-secretário executivo do Ministério da Cidadania;

Danilo Berndt Trento, sócio da empresa Primarcial Holding e Participações LTDA;

Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica;

Gustavo Mendes Lima, gerente de medicamentos da Anvisa;

Luciano Hang, dono da rede de lojas varejistas Havan;

Antonio Jordão de Oliveira Neto, médico;

Adeílson Loureiro Cavalcante, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde;

Silvio de Assis, empresário.

    A CPI ouve hoje o empresário Carlos Wizard. Ele é apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Bolsonaro no combate à pandemia de Covid-19. Wizard está inserido na lista dos primeiros 14 investigados pela comissão.

    Leia também: Emails mostram que Ministério da Saúde negociou vacina com empresa que denunciou propinaSão Paulo vacina contra a Covid-19 pessoas com 42 e 43 anos nesta quarta-feira

    ÚLTIMAS DO FUTEBOL

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

    EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

    Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

    Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

    Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças