Após tentativas para não comparecer à CPI da Covid, o empresário Carlos Wizard depõe nesta quarta-feira (30) à comissão. Ele é apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia de Covid-19. Wizard está inserido na lista dos primeiros 14 investigados pela CPI. A sessão está marcada para começar às 9 horas.
O empresário tentou inicialmente ser ouvido por videoconferência, mas o pedido foi negado. Apesar de ter obtido habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso para não responder perguntas que o incriminassem, ele não compareceu à CPI no dia 17 de junho, por estar nos Estados Unidos.
De acordo com o Senado, "após os integrantes da CPI decidirem que, além do pedido de condução coercitiva autorizado pelo STF, eles acionariam a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para localizar Wizard, advogados do empresário procuraram os senadores e informaram que o cliente se apresentaria em data e hora agendadas pela comissão."
Wizard retornou ao Brasil na última segunda-feira (28) e seu passaporte foi retido assim que desembarcou no Aeroporto de Viracopos, em São Paulo.
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Em depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que Carlos Wizard atuou informalmente como seu conselheiro por um mês. A médica Nise Yamaguchi também disse ao colegiado que ela e o empresário participaram da criação de "uma conselho consultivo independente".
Wizard ainda foi citado durante o depoimento do ex-secretário-geral do Ministério da Saúde Antônio Elcio Franco Filho. Ele afirmou ter participado de uma reunião com empresários, entre eles Wizard e Luciano Hang, para discutir a ideia de comprar vacinas para os funcionários de suas empresas.
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