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Cristiano Carvalho, representante no Brasil da Davati Medical Supply, disse à CPI da Covid, nesta quinta-feira (15), que a empresa tentou vender vacinas da Jansen ao Ministério da Saúde.

O depoente leu uma carta enviada por Herman Cardenas, presidente da Davati nos Estados Unidos, para o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. O documento apresentava a vacina da Johnson & Johnson como uma solução "mais econômica e com menor prazo de entrega para o governo brasileiro”. 

De acordo com o texto, a empresa precisava obrigatoriamente de uma carta de intenção de compra do governo brasileiro para garantir 96 milhões de vacinas ao país.

Durante o depoimento, Cristiano Carvalho também afirmou que não recebeu pedido de propina para vender imunizantes contra a Covid-19 ao Brasil.

A empresa Davati entrou no radar da CPI porque o policial militar Luiz Dominghetti, que se apresentava como representante da empresa, denunciou ao jornal Folha de S. Paulo, no fim de junho, uma suposta cobrança de propina no Ministério da Saúde em um contrato de vacinas da AstraZeneca. Segundo Dominghetti, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias lhe pediu US$ 1 propina por dose.

“Dias disse que o Dominghetti havia passado o meu contato a ele. (...) Comigo ele [Roberto Dias] sempre tratou profissionalmente, nunca tratou de propina, nada disso", afirmou Carvalho.

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