O Linhas Cruzadas desta quinta (12), com o filósofo Luiz Felipe Pondé e a jornalista Thaís Oyama, discutiu o tema da hipocrisia. 

Para Pondé, as redes sociais têm papel importante na discussão sobre o tema nos dias de hoje. "As redes sociais transformaram a hipocrisia num processo sistêmico de viabilização de carreira profissional. A hipocrisia sempre existiu no meio humano, sempre fez parte da sociedade, mas com as redes sociais, você criou uma ciência da hipocrisia", afirmou. 

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No debate, o filósofo cita o livro Todo Mundo Mente: Big Data, Novos Dados e o que a Internet nos Diz Sobre Quem Realmente Somos, do ex-cientista do dados do Google Seth Stephens Davidowitz: "Ele fala como nos Estados Unidos é comum as mulheres baterem fotos dos seus maridos cozinhando, aquela coisa do casal feliz. A gente sabe que o Instagram é uma ferramenta de hipocrisia, então está lá todo mundo feliz, o cara cozinhando, a mulher tomando vinho. Mas, o livro fala que, ao mesmo tempo, as duas perguntas que as americanas mais fizeram ao Google em 2017 foram: 'como saber se meu marido tem uma amante' e 'como saber se meu marido é gay'. O que significam essas perguntas? Escassez de vida sexual do casal".

"O que Davidowitz está querendo mostrar é que as redes sociais, incluindo buscadores como parte da internet, têm diferenças entre elas. Se você mente para o Waze, que é um buscador, ele te leva para o endereço errado. Então, você não pode mentir para o Google. Se você quer saber o que a pessoa de fato é, você tem que saber o que ela busca no Google, e não o que ela posta", completou. 

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Veja o trecho:

Assista ao programa na íntegra:

Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.