Em nota publicada na última quarta-feira (21), o Governo do Estado de São Paulo afirmou que os testes que medem os anticorpos não servem para avaliar a proteção do indivíduo contra o novo coronavírus.
O texto aponta que “com o avanço da imunização contra a Covid-19 no Brasil, muitas pessoas já vacinadas se perguntam se adquiriram anticorpos e se estão protegidas contra o novo coronavírus. Para isso, há quem recorra ao teste sorológico. Entidades médicas e órgãos de saúde nacionais e internacionais, no entanto, alertam que testes sorológicos não devem ser utilizados para determinar se um indivíduo vacinado está ou não protegido contra a Covid-19.”
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um parecer sobre o assunto em junho, no qual alerta que a finalidade dos exames sorológicos não é medir a proteção imunológica contra o vírus. “Não existe, até o momento, a definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes”, destaca a nota.
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Nos Estados Unidos, as autoridades sanitárias, representadas pela Food and Drug Administration (FDA), também emitiram um comunicado para esclarecer a discussão. Segundo o texto, esse tipo de teste identifica se houve o contato do indivíduo testado com o vírus, mas para identificar os resultados nas pessoas vacinadas é preciso de mais estudos.
“Sorologias negativas não indicam falta de proteção, pois alguns indivíduos podem não apresentar soroconversão, embora apresentem algum grau de imunidade celular”, diz a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“É importante saber ainda que cada organismo responde de forma diferente e que os testes não são capazes de avaliar todos os mecanismos de defesa proporcionados pelas vacinas”, completa o governo paulista na nota.
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