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Diretora da Precisa recebeu chamadas de Luis Carlos Heinze e de militar da Defesa

As informações foram obtidas depois da quebra de sigilo telefônico de Emanuela Medrades, aprovada pela CPI da Covid


02/08/2021 16h15

De acordo com o relatório gerado depois da quebra de sigilo telefônico de Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, o celular da executiva recebeu oito ligações de um militar ligado ao Ministério da Defesa e quatro do senador Luis Carlos Heinze (PP), um dos membros governistas da CPI da Covid.

A quebra de sigilo foi aprovada pela comissão parlamentar que investiga as ações e omissões do governo federal durante a pandemia de Covid-19.

Todas as chamadas aconteceram antes de se tornarem públicas as suspeitas de irregularidades no contrato para a aquisição de doses da vacina indiana Covaxin, no valor de R$ 1,61 bilhão.

Além da CPI da Covid, o processo de compra da Covaxin está sob investigação da Polícia Federal, Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União. Este último já alertou para irregularidades no contrato.

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No fim de julho, o ministro da Saúde, Mrcelo Queiroga, cancelou o contrato com a intermediadora.

O celular citado no relatório é do capitão da Marinha Leonardo José Trindade de Gusmão, gerente do Departamento de Promoção Comercial do Ministério da Defesa.

O senador Luis Carlos Heinze se tornou membro titular da comissão depois da nomeação de Ciro Nogueira (PP) ao cargo de ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro. Sempre que tem oportunidade, Heinze faz a defesa do “tratamento precoce” com medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus na CPI.

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