A variante delta (B.1.617) já circula na capital paulista. Segundo levantamento do Instituto Adolfo Lutz, 23,5% dos testados positivos para Covid-19 na Grande São Paulo carregam a cepa indiana. Os dados são do último relatório de monitoramento de variantes publicado pelo instituto ligado ao governo paulista no último domingo (1º).
Em relação ao estado inteiro, a incidência de casos da variante delta é de 4%. Mesmo parecendo um número pequeno, causa preocupação. A cepa já mostra ascendência em relação à gama (P.1).
O estudo foi publicado menos de duas semanas após a Prefeitura de São Paulo confirmar a transmissão comunitária da cepa. Os dados mostram um crescimento rápido dos casos e indícios de ser uma variante mais agressiva.
A delta também apresenta incidência relevante na região de Taubaté, no interior, com prevalência de 9,5%.
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O mapeamento do Instituto Adolfo Lutz é feito semanalmente com base nos testes recolhidos em todo o estado. Mas importante lembrar que o Brasil faz menos testes do que o ideal, o que afeta no número de sequenciamento genômico.
Preocupação
Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo, mostrou preocupação com os dados durante coletiva na tarde desta terça-feira (3).
Podemos ver incidência da variante delta em várias países, a forma como ela se desenvolveu rapidamente, como ela tomou a prevalência. Se formos ver no Reino Unido, a variante [alfa] ocupava 100% dos casos. Em abril, surge a variante delta e em menos de 2 meses ela ocupa todo o cenário de prevalência da pandemia”, disse o secretário.
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