Ministério da Saúde enviou metade das doses da Pfizer previstas para SP, diz Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta (4) que o estado recebeu do Ministério da Saúde uma quantidade 50% menor de vacinas da Pfizer do que estava previsto.

Segundo o governo paulista, o estado recebeu ontem (3) 228 mil doses a menos do que o esperado. A falta de imunizantes da Pfizer pode comprometer o calendário de vacinação para crianças e adolescentes, previsto para começar em 18 de agosto no estado. Atualmente, a vacina é a única aprovada para o público com menos de 18 anos.

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"Aquilo que deveria ter sido entregue ao estado não foi. O número representa 50% a menos do que o governo de São Paulo tem o direito regularmente a receber dentro do PNI (Programa Nacional de Imunizacão)", afirmou Doria, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

Doria argumentou que São Paulo recebe cerca de 22% das vacinas brasileiras, quantidade proporcional à população do estado. "Sempre foi assim, este é o PNI, há mais de 25 anos funciona assim e, durante todo este período, tem funcionado desta maneira e, ontem, isso foi interrompido", afirmou. 

"A decisão, que como governador, qualifico de uma decisão arbitrária do Ministério da Saúde, representa a quebra do pacto federativo e o governo federal, mantida essa decisão, decidiu punir quem fez o certo e quem foi eficiente na vacinação", prosseguiu.

A Cultura solicitou um posicionamento ao Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Pelas redes sociais, o governador também se pronunciou. "São Paulo não aceitará boicotes do governo federal", escreveu.

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Veja o trecho da coletiva de imprensa do governo paulista: