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Reprodução/Flickr Senado
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Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (4), o tenente-coronel da reserva e ex-assessor do Ministério da Saúde, Marcelo Blanco da Costa afirmou que o jantar com o então diretor de Logística, Roberto Dias, em que houve a suposta oferta de propina pelas vacinas contra a Covid-19, não foi um encontro casual. 

A propina de US$ 1 por dose da AstraZeneca foi mencionada em depoimento à CPI pelo policial militar Luiz Dominghetti, que se apresentava como representante da Davati Medical Supply, que seria uma intermediária para vender 400 milhões de doses da vacina para o governo brasileiro.

O vendedor disse que em fevereiro deste ano foi levado ao restaurante Vasto, em Brasília, por Blanco. E que Dias estava lá. Segundo Dominghetti, no jantar, Dias pediu propina pelo imunizante, o que o ex-diretor nega.

Agora, Blanco que foi assessor de Dias no ministério, relatou à CPI que foi ao restaurante Vasto com Dominghetti com a intenção de encontrar Dias. Blanco, na época, já não trabalhava na Saúde. Ele disse que o objetivo dele era negociar com Dominghetti vacinas para o setor privado.

"Ele [Dias] comentou que estaria no Vasto mais tarde, à noite. Comentário natural, onde se conversa amenidades: 'Estou cansado, estou vindo de viagem, estou estressado, vou ao Vasto mais tarde’, algo desse tipo, e isso não me ocorreu no momento. Não me ocorreu no momento, passou-se, eu já tinha interesse, como está muito claro, de tratar com Dominghetti no mercado privado", afirmou o coronel.

"Eu sugiro ao Dominghetti: 'Dominghetti, aproveitando que você está, me diz estar, hospedado próximo ao Brasília Shopping, o que você acha, eu me encontro contigo lá, a gente come alguma coisa, eu trato de privado, o Roberto deverá estar no Vasto [restaurante]. Falou que estaria, eu te apresento o diretor e você pede a sua agenda. E assim se deu”, acrescentou

“Eu sabia que o Roberto estaria no Vasto. Posso ter sido inconveniente de levar o Dominghetti sem a ciência do Roberto? Posso ter sido”, completou Blanco.

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