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Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Luis Miranda disse, nesta quarta-feira (4), "não ser verdade" que Arthur Lira ameaçou tirar Eduardo Pazuello do cargo de ministro da Saúde. Em depoimento à Polícia Federal, o deputado relatou que o ex-ministro da Saúde disse ter sido pressionado pelo presidente da Câmara dos Deputados a "liberar a grana" para municípios. O trecho do depoimento do parlamentar à PF foi obtido pelo jornal O Globo e divulgado na última terça-feira (3).

Em nota, Pazuello negou ter sofrido "qualquer pressão de Arthur Lira durante sua gestão no ministério da Saúde para disponibilizar recursos da pasta em atendimento a demandas do parlamentar".

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Após o pronunciamento, Miranda publicou em suas redes sociais que "já imaginava" que a suposta confidência feita a ele pelo general não seria verdade. "A nota do Pazuello confirma o que eu imaginava, não é verdade o que ele falou sobre o Arthur Lira. Se mentiu na aeronave, que responda pelos seus atos. Desconheço fatos que desabonem o Presidente da Câmara!", escreveu o deputado.

Em sua participação no Roda Viva, em 12 de julho, o parlamentar narrou o mesmo episódio, que também foi relatado à CPI da Covid, mas não citou o nome do presidente da Câmara.

Questionado pela âncora do programa, Vera Magalhães, se a pessoa em questão era Lira, Miranda não quis confirmar. "Quem tem que falar isso é o Pazuello", disse.

Veja o trecho:

Segundo Miranda, a conversa teria acontecido em 21 de março, um dia após a reunião em que o parlamentar e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, apresentaram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) suas suspeitas em relação à compra da vacina Covaxin.

Eduardo Pazuello foi exonerado do cargo dois dias depois, em 23 de março.

Procurada pela Cultura, a assessoria de Arthur Lira emitiu a seguinte nota: "A respeito das declarações dadas pelo deputado Luís Miranda , as mesmas devem ser respondidas pelo ex-ministro Eduardo Pazuello. Sobre as demais informações propagadas, o deputado deverá responder no foro adequado, que é o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados."

Assista à entrevista de Luis Miranda na íntegra:

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