A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (4), o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ao explicar a sua participação na negociação de compra de vacinas da AstraZeneca, o depoente apresentou uma série de mensagens trocadas com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti.
Os áudios e mensagens do mês de fevereiro, entre os dias 9 e 22, mostravam que Blanco negociava a venda de vacinas para a iniciativa privada, na época, ele já havia saído do Ministério da Saúde.
Os membros da CPI apontaram que se tratava de uma atividade ilegal, porque a legislação que autorizava a compra de vacinas pela iniciativa privada foi sansionada apenas no dia 11 de março.
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O senador Randolfe Rodrigues explicou que a legislação sancionada permite a compra por iniciativa privada apenas após a vacinação de todos os grupos prioritários pelo Programa Nacional de Imunizações.
Blanco se justificou e disse que estava apenas se adiantando, para estar preparado quando a legislação fosse aprovada. "Eu só estava querendo construir um modelo de negócio. A gente vem acompanhando [o debate] no que é público. E eu falei para ele [Dominghetti] 'precisamos desenhar uma estratégia almejando esse mercado'. Eu gostaria de ter algo já desenhado".
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