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SP suspende início da vacinação de adolescentes após entrega de doses abaixo do esperado

Imunização do grupo era prevista para 18 de agosto, mas datas estão "em aberto"; governo afirma que o Ministério da Saúde repassou uma quantidade de vacinas 50% menor do que o previsto e promete judicializar questão


05/08/2021 14h35

O governo de São Paulo divulgou nesta quinta (5) que o calendário de vacinação contra a Covid-19 para adolescentes está "em aberto". A data prevista para o início da imunização do grupo etário era 18 de agosto

Leia mais: Ministério da Saúde enviou metade das doses da Pfizer previstas para SP, diz Doria

"O início de vacinação dos adolescentes do estado de São Paulo está neste momento com sua data de início em aberto. Isso se deu por conta da redução no envio proporcional de vacinas para o estado de São Paulo. E mais: caso este fato se repita, a vacinação do grupo de adolescentes estará definitivamente prejudicada no que se refere à sua data até aqui programada", afirmou Eduardo Ribeiro, secretário executivo da SES (Secretaria Estadual de Saúde). 

De acordo com o governo paulista, o Ministério da Saúde repassou 228 mil doses da vacina Pfizer a menos do que o esperado, o que equivale a 50% da remessa. Atualmente, o imunizante é o único aprovado pela Anvisa para o público com menos de 18 anos.

Segundo a pasta, houve uma mudança no critério de distribuição das vacinas para "compensar" a disparidade entre ritmos de imunização em diferentes estados. O ministério afirmou, em coletiva de imprensa realizada ontem, que a alteração foi comunicada a secretarias estaduais e municipais pelo Conass e o Conasems. 

Entretanto, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn disse hoje que o governo foi pego de surpresa pela medida. O governo anunciou que deve judicializar a questão. 

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São Paulo recebeu, até agora, lotes do PNI (Plano Nacional de Imunização) proporcionais à população do estado, que corresponde a cerca de 22% de todo o país. Segundo dados apresentados pelo governo, as últimas entregas de vacinas levaram em conta essa proporcionalidade, distribuindo aos paulistas uma porcentagem superior a 20% das doses repassadas às Unidades da Federação.


Em nota oficial divulgada ontem, o governo afirmou que a pasta quebra o pacto federativo com os cortes e coloca habitantes de São Paulo em risco. 

Leia o texto na íntegra:

É mentirosa a afirmação da secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, que o Estado de SP ficou com mais doses da vacina do Butantan conforme afirmado em entrevista coletiva do Ministério da Saúde hoje.

O Governo do Estado de São Paulo reitera que está sendo penalizado pelo Ministério da Saúde pelo sucesso da sua campanha de vacinação, que enviou somente 50% das doses previstas para vacinar a sua população de maneira deliberada. O Estado de São Paulo recebeu ontem 228 mil doses a menos do previsto da vacina da Pfizer, quando considerado o critério de distribuição equitativa realizada em todas as pautas de distribuição anteriormente enviadas.

Com esta decisão arbitrária o Ministério da Saúde quebra o pacto federativo e coloca em risco a vida de milhares de cidadãos brasileiros que vivem em São Paulo. O Governo do Estado de SP vai tomar todas as medidas cabíveis para que o direito dos seus cidadãos seja respeitado e a vida deles preservada.

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