O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acompanhou nesta terça-feira (10) a passagem de tanques pelo Palácio do Planalto, em Brasília. O desfile ocorreu no mesmo dia em que a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso deve ir para votação na Câmara dos Deputados.
Na última segunda (9), o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), lamentou o ocorrido, que classificou como uma "trágica coincidência", em entrevista ao site O Antagonista.
“Não é uma coisa inventada, mas também nunca houve um desfile para a operação Formosa na Esplanada dos Ministérios que foi parar na frente do Palácio do Planalto. Eu acredito que, com relação à votação, não deveremos ter problema. Se os deputados quiserem e a população achar que é conveniente, podemos, a gente pode adiar a votação”, declarou Lira.
A Marinha entregou a Bolsonaro um convite para que ele compareça a um treinamento de militares que ocorrerá em Formosa (GO), a partir do dia 16 deste mês.
As imagens do desfile de tanques foram transmitidas em uma live pelo Facebook de Bolsonaro nesta manhã. Veja:
Ao lado do presidente, também estavam presentes no desfile o ministro da Defesa Walter Braga Netto, e os chefes militares da Aeronáutica, Exército e Marinha.
Bolsonaro usou as redes sociais para convidar para a ocasião o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luís Roberto Barroso e o presidente da Câmara dos Deputados, entretanto, nenhum deles compareceu. Mesmo que não nominalmente, ele estendeu o convite a outras autoridades.
Na madrugada desta segunda, o ministro Dias Toffoli, do STF, rejeitou o pedido de partidos para suspender o desfile militar.
O ministro não chegou a analisar o mérito do pedido. Ele entendeu que a ação deveria ser rejeitada por questões processuais. E, por se tratar de Marinha e Forças Armadas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o órgão responsável pela análise.
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