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Rosinei Coutinho/SCO/STF
Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta (12) a abertura de um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por divulgação de documentos da Polícia Federal.

A decisão é uma resposta à notícia-crime enviada a Moraes na última segunda (9) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assinada por todos os seus ministros. O texto solicita uma apuração de possível conduta criminosa do presidente no Inquérito 4.781/DF, que investiga a divulgação de fake news, do qual o magistrado é relator. Leia a íntegra do ofício enviado ao STF aqui

Leia mais: TSE apresenta ao STF notícia-crime contra Bolsonaro por divulgação de inquérito sigiloso

Em 4 de agosto, por meio de suas redes sociais, Bolsonaro publicou documentos de um inquérito da Polícia Federal que investiga suposta invasão aos sistemas do TSE em 2018. 

Segundo o mandatário, as informações comprovariam que "o sistema eleitoral brasileiro foi invadido e, portanto, é violável". Em nota, o tribunal esclareceu que o ataque não teve qualquer influência sobre os resultados da eleição.

A decisão do ministro do STF estabelece a remoção dos links para a investigação publicados por Bolsonaro nas redes sociais e o afastamento do delegado responsável pelo inquérito. O policial e o deputado Filipe Barros (PSL-PR) também serão convocados para prestar depoimento à PF. 

Na semana passada, Moraes acatou outra notícia-crime enviada pelo tribunal, que solicitou a inclusão de Bolsonaro como investigado no mesmo inquérito, devido aos ataques ao sistema de urnas eletrônicas feitos pelo presidente.

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