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Reprodução/Flickr Câmara dos Deputados
Reprodução/Flickr Câmara dos Deputados

O cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (20). A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram autorizados por Moraes e atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os agentes federais foram a 29 endereços no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).

“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, afirmou a PF, em nota.

No Rio, a PF fez buscas em dois endereços ligados ao deputado federal: no Anil e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O gabinete do político, em Brasília, também foi alvo dos agentes.

Também foram visitados pela PF quatro endereços ligados ao cantor. Os mandados expedidos por Moraes são cumpridos no Distrito Federal, além dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná.

Nesta semana, Sérgio Reis virou alvo de um inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal após vir a público um vídeo em que o sertanejo convocava caminhoneiros para um protesto contra o STF. O músico será investigado por associação a crimes como ameaça, dano e por expor a perigo os meios de transporte público.

Otoni de Paula já havia sido denunciado pela PGR em 2020 pelos crimes de difamação, injúria e coação. Isso porque em junho e julho daquele ano o deputado fez transmissões ao vivo pela internet nas quais imputou, por cinco vezes, fatos afrontosos à reputação do ministro Alexandre de Moraes.

Além disso, segundo a PGR, o parlamentar ofendeu a dignidade e o decoro do ministro por 19 vezes. Nessas duas transmissões ele também foi acusado de usar "violência moral" e "grave ameaça" para coagir Moraes. Otoni também é investigado no Inquérito das Fake News, que apura, entre outros crimes, o financiamento de supostos atos antidemocráticos.

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O que dizem os envolvidos

Depois da ação da PF desta sexta-feira (20), Otoni de Paula fez uma live nas redes sociais. “Não vou recuar um milímetro. Se alguém pensa que eu vou deixar de falar o que eu penso, que eu vou deixar de ter a mesma postura que tenho... eu não vou deixar de ter”, afirmou.

Ele também voltou a citar o ministro do STF. “Alexandre de Moraes tem tido um comportamento autoritário, que eu adjetivo de déspota. Ele hoje em dia tem a autoridade e prerrogativa de prender todos aqueles que ele acha que tem que prender, todos aqueles que ele acha que ameaçam a democracia. Então se ele acha que eu sou uma ameaça à democracia, quem sabe eu não vou poder mais fazer essa live porque poderia estar sendo conduzido à prisão”, declarou.

Sérgio Reis ainda não se manifestou.