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Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

O Estação Livre desta sexta (20) se inspirou na série 'Olhos Que Condenam', da Netflix, para falar sobre racismo e prisão de inocentes no Brasil.

Em reportagem especial, o programa contou a história do músico Luiz Carlos Justino, que foi preso em setembro de 2020, no Rio de Janeiro, acusado de um assalto. "Já entrei lá com medo da polícia, medo do bandido e medo do coronavírus", contou o músico.

Ele passou quatro dias na prisão com base no reconhecimento por parte da vítima, que supostamente identificou o rosto do jovem em um álbum de fotos apresentado pela polícia. 

"Como é que minha foto está lá, falando que eu estava junto da comunidade com outro bandido? Como assim, [...] se não tenho histórico nenhum de estar mexendo com isso? Para mim, isso foi racismo", afirmou Justino. 

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No horário do crime, o músico se apresentava em uma padaria a cerca de 7km do local da ocorrência. A defesa conseguiu comprovar a inocência de Justino e, em junho deste ano, a Justiça determinou a absolvição de Justino, alegando a fragilidade do reconhecimento fotográfico como prova.

"Muitas vezes a estrutura das agências do Judiciário, do Ministério Público, da polícia, olha com indiferença esses corpos negros e não se importa muito de encarcerá-los sem o menor critério e sem um olhar mais responsável sobre isso", afirmou José Luís André Nicolitt, juiz responsável pelo caso. 

Veja a reportagem:


Comandado por Cris Guterres, o programa também recebeu o ouvidor de Polícia Elizeu Soares Lopes, o advogado Flávio Campos e o líder social Marcelo Dias. Também participaram Lennon Seixas Vieira, que foi preso injustamente em janeiro deste ano, e o pai do rapaz.

Assista ao Estação Livre na íntegra:

Exibido às sextas, o programa é parte da grade de jornalismo da TV Cultura. A emissora, que já tinha em sua programação o Roda Viva e o #Provoca, às segundas e terças-feiras, no início de 2021 lançou os programas Manhattan Connection e Linhas Cruzadas, às quartas e quintas-feiras.