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Reprodução/Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr Palácio do Planalto

O Brasil faz parte de uma minoria de países que não investiram mais recursos em educação durante a pandemia na tentativa de conter a defasagem da aprendizagem e controlar os obstáculos desse período.

Os dados pertencem ao relatório Education at a Glance 2021, realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e foram divulgados nesta quinta-feira (16).

Cerca de 65% e 78% das nações do mundo destinaram mais fundos para alguma etapa do ensino básico. Já no Brasil, nenhum segmento de ensino recebeu mais recursos durante a crise sanitária.

De acordo com o documento, o Brasil usava 4% do PIB no ensino básico antes da pandemia da Covid-19, valor que não foi alterado durante os quase dois anos crise sanitária.

No mundo, o principal uso de recursos foi na contratação de mais professores, tanto para reforço escolar como também para reduzir o número de alunos em uma única sala. Além disso, alguns países investiram em suporte digital, como internet e equipamentos.

Entre os países analisados no estudo, o Brasil foi o que ficou mais tempo sem aulas presenciais, resultado também da falta de orçamento para a área. Apesar de ser contrário ao fechamento de escolas, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não destinou mais verbas para contornar a situação.

Ademais, o relatório da OCDE questiona os impactos da pandemia nos jovens adultos. No Brasil, a taxa de desemprego foi de 17,8% para a faixa dos 25 aos 34 anos que não concluíram o ensino médio em 2020, o que representa 3 pontos percentuais a mais do que no ano anterior e maior do que a média dos países avaliados pelo documento.

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