Após a ausência de Pedro Benedito Batista Júnior, diretor executivo da operadora de saúde Prevent Senior, na sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (16), os senadores resolveram remarcar o depoimento do médico para a próxima quarta (22).

Com isso, a previsão da comissão do Sendo é receber na próxima semana o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na terça (21), e Pedro Batista no dia seguinte.

O depoente não compareceu à CPI nesta quinta alegando que teria sido avisado em cima da hora, não havendo tempo para que ele se organizasse e fosse para Brasília. Os advogados do diretor argumentaram que o Código de Processo Civil prevê o prazo mínimo de 48h para atender a uma convocação dessa natureza.

Mesmo assim, os senadores pediram para que o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), avaliasse pedir autorização para realizar uma condução coercitiva caso Júnior não compareça ao Senado na próxima semana.

Pedro Batista Júnior é acusado de impor a prescrição, aos usuários da Prevent Senior, de remédios comprovadamente ineficazes para o tratamento da Covid-19. Além disso, a empresa teria obrigado médicos com a doença a comparecer ao trabalho e sem máscaras de proteção. De acordo com denúncias de médicos e pacientes, a Prevent Senior trabalhava pela imunidade de rebanho.

Para o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), o caso da operadora de saúde é “um dos mais graves” que serão abordados na comissão.

O senador também comentou sobre as expectativas para o relatório final das investigações, que é prometido para as últimas semanas de setembro.

“Essa é a CPI das CPIs. Ela tratou de vidas, virou uma espécie de santuário de defesa da vida, do enfrentamento ao negacionismo, à irresponsabilidade de tratamento precoce com medicamentos ineficazes”, disse Calheiros.

Leia também: Diretor executivo da Prevent Senior não deve comparecer à CPI da Covid nesta quinta; CPI ouve diretor executivo da Prevent Senior, acusada de prescrever 'kit Covid'