O governo mexicano de Andrés Manuel López Obrador se prepara para enfrentar uma onda de imigrantes haitianos, detidos há quase uma semana em um acampamento sob uma ponte que liga o Texas, nos Estados Unidos, ao Estado de Coahuila, no México.

A administração do presidente Joe Biden começou a deportação de quase 15.000 pessoas que conseguiram cruzar a fronteira. Elas serão devolvidas a seus países ou vão acabar na Ciudad Acuña, município mexicano que corre o risco de se tornar mais um "funil" , assim como Tapachula, em Chiapas.

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O secretário de Estado Antony Blinken e o chanceler Marcelo Ebrard se falaram por telefone na noite da última segunda-feira (20) para tratar desta crise.

O chefe do Ministério das Relações Exteriores explicou que se concentrou na fronteira “um fluxo recente muito notório e notável de pessoas de origem haitiana que vêm do Brasil e do Chile, não do Haiti, e que têm status de refugiado nesses países”. “Eles não estão pedindo para ser refugiados no México, exceto por uma pequena porcentagem. O que eles pedem é que a passagem para os Estados Unidos fique praticamente livre para eles ”, acrescentou.

A onda migratória aumentou após Washington prorrogar os prazos de um programa de proteção temporária conhecido como TPS em agosto passado. A decisão atinge apenas haitianos que já estão nos Estados Unidos.

O acampamento de imigrantes que estão entre os Estados Unidos e o México, entre Del Río e Ciudad Acuña, ajuda a compreender a história recente do Haiti, visto que lá não tem empregos, alimentação e um presidente interino após o assassinato do presidente Jovemel Moise em Julho.

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