Um estudo apontou que aproximadamente 54% dos moradores de favelas do Rio de Janeiro perderam emprego durante a crise sanitária causada pela Covid-19.
A pesquisa "Coronavírus nas favelas: a desigualdade e o racismo sem máscaras", realizada pelo coletivo Movimentos com apoio do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), reuniu dados sobre sobre perfil socioeconômico, violência, Covid-19, acesso à saúde, uso de drogas e impactos da pandemia na saúde mental dos moradores da Cidade de Deus e dos complexos do Alemão e da Maré, nas zonas Norte e Oeste do Rio.
Entre os 955 entrevistados, 73% conheciam alguém que morreu devido a Covid-19, 62% solicitaram o auxílio emergencial e 52% receberam, 83% dos moradores dessas comunidades ouviram tiros de dentro de suas casas durante a pandemia, 40% presenciaram algum episódio de violência doméstica, 47% sofreram algum episódio de racismo ou discriminação sendo que 93% desses são negros e 34% disseram que tiveram episódios de ansiedade.
Outra pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, apontou que o risco de morrer de Covid-19 é significativamente maior para homens negros e mulheres brancas e negras do que para homens brancos no Brasil, de acordo com um grupo de pesquisadores que analisou estatísticas oficiais sobre milhares de brasileiros mortos no ano passado.
O grupo ligado à Rede de Pesquisa Solidária, que reúne várias instituições públicas e privadas, concluiu que as desigualdades raciais e de gênero contribuem para aumentar o risco de morte mesmo em grupos de pessoas com atividades profissionais que as colocam no topo da pirâmide social.
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