Notícias

OAB solicita ao STF que incite governo adotar medida de combate à fome no país

De acordo com a OAB o atual cenário é grave, e a insegurança alimentar corresponde a 10% da população brasileira


27/09/2021 19h10

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) exigiu nesta segunda-feira (27) que o Supremo Tribunal Federal (STF) obrigue o governo adotar medidas de combate à fome no país. Algumas das medidas são a retomada do Auxílio Emergencial no valor de R$ 600 e as atividades do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

A ação assinada por Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, foi apresentada por um pedido da Ação de Cidadania, entidade fundada por Herbert de Souza, sociólogo. A OAB entende que o cenário atual do Brasil é grave, com insegurança alimentar de 19,1 milhões de brasileiro, o que corresponde a 10% da população.

"A atual gestão do governo federal muito contribui para esse cenário de miserabilidade, sobretudo com a má condução do Programa Bolsa Família, com a redução radical de gastos como o Programa Cisternas, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), bem como a concessão de auxílio emergencial em valor insuficiente à alimentação da família brasileira em meio à pandemia”, afirma ação de Felipe Santa Cruz.

A ação também diz que apesar da situação de quadro generalizado de forma não ser nova no país, esta se agravou durante a pandemia.

Leia mais: Paulo Guedes legítima privatização dos próximos anos sobre Petrobrás e Banco do Brasil

Veja todas as medidas exigidas pela OAB na ação:

 - Revogação da Medida Provisória (MP) que acabou com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), responsável pelas políticas públicas com foco ao combate à fome;

 - Bolsa Família: introduzir automaticamente pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema, partindo da comprovação do critério de renda, reajuste de valor da renda per capita que define quem pode acessar o programa, assim como os valores dos benefícios transferidos às famílias;

 - Programa Nacional de Alimentação Escolar: repasse pelo governo de recursos suplementares para comprar alimentos aos estados, municípios e Distrito Federal. Assim como a promoção de ações que garantem, mesmo durante aulas remotas, o acesso à alimentação adequada de estudantes da rede estadual, até o retorno às aulas;

 - Investimento imediato de R$ 1 bilhão no Programa de Aquisição de Alimentos, e que este seja reajustado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA);

 - Retomada do auxílio emergencial no valor de R$ 600;

 - Anular a ampliação do teto de gastos e recomposição do orçamento para as políticas públicas de segurança alimentar nutricional: Programa de Aquisições de Alimentos, construção de cisternas, assistência técnica rural, distribuição de alimentos, Bolsa Verde, organização econômica de mulheres rurais e desenvolvimento sustentável de comunidades quilombolas, povos indígenas e comunidades tradicionais;

 - Recomposição dos estoques públicos de alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com ações de controle de preços para evitar a falta de alimentos e inflação descompensada;

 - Abertura do crédito adicional no orçamento de 2021 para realização do Censo e garantida de publicidade dos dados e resultados das pesquisas;

 - Garantia de acesso ao gás de cozinha por política de preços adequada;

 - Fortalecimento das linhas de crédito para micro e pequenas empresas.

Leia também: Prevent Senior recomendou tratamento paliativo para paciente com Covid-19 que não estava em fase terminal

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças