ONU afirma que crise sanitária deve provocar retrocessos sociais e econômicos históricos ao Brasil
O relatório aponta os países com maior desigualdade social como os mais atingidos pela pandemia de Covid-19
29/09/2021 10h24
A Organização das Nações Unidas divulgou um relatório nesta quarta-feira (29) que aponta os países com maior desigualdade social como os mais atingidos pela pandemia de Covid-19. O Brasil está entre eles.
O texto afirma que a crise sanitária deve provocar retrocessos sociais e econômicos históricos. O documento - elaborado por especialistas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) - reuniu 94 indicadores que mostram a situação do Brasil no início de 2020, quando começou a pandemia.
“Os países serão afetados, mas não da mesma forma; e, para o Brasil (seus 26 estados e o Distrito Federal), a desigualdade desempenha nesse contexto um papel importante”, diz o relatório.
O estudo aponta que a crise sanitária tornou evidente as dificuldades de acesso à proteção social, educação, emprego, renda e moradia para pessoas em situação de vulnerabilidade.
O texto cita dados reunidos pelo Núcleo de Saúde Pública da UFRJ que mostram que a taxa de internações para a doença foi maior entre pessoas não brancas, chegando a 79% contra 56%.
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