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Após críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Davi Alcolumbre (DEM/AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), disse que não aceita ser ameaçado e negou estar negociando a sabatina de André Mendonça em troca de favores.

"Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa", diz Alcolumbre em nota pública.

O presidente da República indicou Mendonça para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de julho, porém, a tramitação do nome no Senado segue na CCJ. Ainda não há data para a sabatina. Isso está gerando um desconforto em Bolsonaro.

"Reafirmo que não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”, afirmou o senador.

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Alcolumbre estava sendo discreto sobre esse assunto nas últimas semanas. Mas, a pressão de parlamentares bolsonaristas, líderes partidários, religiosos e do Palácio do Planalto cresceram. Ele lembrou da quantidade de propostas que estão na fila da CCJ.

"Tramitam hoje pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal cerca de 1.748 matérias, todas de enorme relevância para a sociedade brasileira. A prioridade do Poder Legislativo, no momento, deve ser a retomada do crescimento, a geração de empregos e o encontro de soluções para a alta dos preços que corroem o rendimento dos brasileiros", explica.

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O ex-presidente do senado ainda esclarece que a demora para pautar a sabatina de Mendonça não tem nenhuma ligação com barganha política pessoal. "Jamais condicionei ou subordinei o exercício do mandato a qualquer troca de favores políticos com quem quer que seja”.

Vale lembrar que o ministro Ricardo Lewandowski negou na última segunda-feira (11) um pedido para obrigar Alcolumbre de marcar a sabatina. O magistrado afirmou que a decisão de pautar o tema é uma questão interna do Legislativo.