De acordo com estudo realizado pela Fiocruz Bahia e a London School, partos cesáreos com baixa indicação podem aumentar em 25% o risco de mortalidade na infância em comparação ao parto natural.
A pesquisa baseia-se em mais de 17 milhões de nascimentos registrados pelo Ministério da Saúde entre 2012 e 2018.
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Em entrevista ao Jornal da Tarde, a coordenadora da pesquisa Enny Paixão falou sobre riscos, importância da cirurgia em casos específicos e olhar destinado ao parto realizado em outros países.
“As taxas de cesarianas no Brasil são alarmantes. A Organização Mundial da Saúde recomenda que seja entre 10% a 15%, e no país temos uma porcentagem de 56% no setor público, sendo que o privado pode chegar até 90%”, destacou.
Ela explicou que o procedimento cirúrgico apresenta riscos como qualquer outro, entretanto, as pessoas não conseguem diferenciar o processo necessário e com indicação clínica de quando não há necessidade da realização, como acontece em grupos que têm baixa indicação da cesariana. “Ai sim ela pode trazer riscos desnecessários em comparação ao parto normal”.
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“Sabemos que o parto normal é cansativo para a mãe, mas isso não interfere na saúde do bebê, pelo contrário, é um processo importante, que se a mãe e o nenê puderem passar é o mais indicado”, destacou a pesquisadora.
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