“Paulo Freire fazia a escola pensar no seu papel contra as opressões”, diz Edinéia Gonçalves
Socióloga explicou porquê Paulo Freire é odiado por partidos de direita
15/10/2021 22h15
O Estação Livre desta sexta-feira (15) celebrou o Dia do Professor com um programa sobre Educação. Cris Guterres, recebeu o ativista e professor de história na Uneafro Douglas Belchior e Ednéia Gonçalves, educadora e socióloga.
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Para celebrar esta data, a edição falou sobre a figura de Paulo Freire, professor e filósofo considerado o Patrono da Educação Brasileira, visto como inimigo pelos bolsonaristas.
Segundo Ednéia, Paulo Freire era um educador humanista, que pensava na educação com olhar crítico e isso assusta uma parcela da população. “Ele fazia com que a escola pensasse no seu papel na luta contra as opressões e indicava, metodologicamente, o papel dos professores na construção de um conhecimento que a escola não tem. Não é só partir do que o estudante sabe, é articular esse conhecimento com outros para construir um conhecimento novo”.
Douglas completou o pensamento da socióloga dizendo que o professor entendia a educação como uma reivindicação de direitos humanos e esse pensamento em um país marcado por repressões, como é o caso do Brasil, incomoda a elite.
“Ele enfrentava o poder, trabalhando educação como instrumento de mudança e rebeldia, fazendo das escolas um laboratório de provocação e pensamento. Isso não deixava as elites felizes”, afirmou o professor de história.
Veja o trecho completo:
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Assista ao programa na íntegra:
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