Após aprovação na CPI da Covid, os senadores entregaram nesta quarta-feira (27) o relatório final ao procurador-geral da República Augusto Aras. Estiveram na entrega os parlamentares membros do G7 (grupo majoritário da comissão, formado por oposicionistas ao governo do presidente Jair Bolsonaro e independentes) e outros nomes importantes para os trabalhos, como Simone Tebet e Alessandro Vieira.
O texto final de Calheiros pede 80 indiciamentos, entre eles ministros e os filhos de Bolsonaro: O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está sendo indiciado por nove crimes, entre eles: epidemia com resultado morte; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas, infração de medida sanitária preventiva, prevaricação, crime contra a humanidade e crime de responsabilidade.
“Esta CPI já produziu resultados. Temos denúncias, ações penais e civis em curso, autoridades afastadas. E a chegada desse material que envolve pessoas com prerrogativa de foro por função vai contribuir para que possamos dar a agilidade necessária à apreciação dos fatos que possam ser puníveis seja civil, penal ou administrativamente”, disse Aras sobre o relatório.
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Também ficou combinado que os senadores enviarão à PGR, de maneira separada, a parte da documentação referente a pessoas cujas investigações devem tramitar perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Após o encontro com Aras, os senadores também entregaram uma cópia do relatório para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que é responsável pelos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.
Destinos do relatório
Além da PGR e do STF, os senadores também entregarão o relatório final da CPI da Covid ao presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, a Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal Penal Internacional (TPI).
Na próxima quinta-feira (28), Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros irão enviar uma cópia do documento Ministério Público em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Amazonas.
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