Há mais de um século sem mudanças significativas, o modelo de ensino pode ser considerado como arcaico para alguns. Por mais que a pandemia tenha acelerado o processo da viabilização de aulas pela internet para aqueles que têm condições, a forma da educação ainda é questionada.
O Escape 60’Edu, plataforma pedagógica online desenvolvida pelo Escape 60 (marca pioneira no desenvolvimento de jogos de fuga presenciais e on-line no Brasil), promete inovar o modo com que os estudantes aprendem na escola e estimular o pensamento cognitivo nos alunos. Por mais que novas ideias sejam de difícil aceitação, o Colégio Marista Arquidiocesano resolveu aderir ao projeto.
Diretor geral do colégio, Carlos Dorlass explicou ao site da TV Cultura que, pelo fato de as crianças e os pré-adolescentes já estarem “ambientados com a tecnologia” e buscarem soluções rápidas, a plataforma que introduz as matérias de maneira ‘gameficada’ acaba “facilitando a aprendizagem”.
Passar o conteúdo no formato de jogos foi a forma com que a escape 60 utilizou para “fazer com que o conteúdo possa ser oferecido aos alunos de forma diferenciada”, segundo o diretor José Roberto Szymonowicz. Para ele, o modo de ensinar fazendo os estudantes a buscar soluções e criar enigmas pode atrair mais o interesse de todos e ajudar no ensino. “A gente está sempre buscando inovar”, completa.
Com um investimento de aproximados R$ 1.000,00 por escola e R$ 100,00 por aluno ao ano, o projeto começou a ser desenvolvido há 18 meses, mas foi disponibilizado ao mercado na semana passada. Mesmo com o custo adicional, o projeto obteve uma “aceitação extremamente boa”, de acordo com Szymonowicz.
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Para implementar o Escape 60’Edu na sala de aula, a plataforma foi ensinada aos docentes anteriormente. “Nós professores somos imigrantes digitais e crianças são nativas digitais”, explica Dorlass. O educador mostra que o método é válido pois “não se baseia no sim ou não”, e que há diferentes “níveis de aprendizado”. Por isso, o diretor da empresa diz que a intenção deles é expandir a ferramenta para todas as séries da escola. A meta é que em julho de 2022 parte do ensino médio já esteja utilizando o serviço.
O diretor do colégio indica que, mesmo com pouco tempo de uso, as crianças já apresentaram mais paciência. Elas também demonstram mais interesse pelas atividades e pedem mais exercícios. Os alunos entendem que “atrás do robozinho tem o ser humano, que precisa do outro”. É importante destacar que o Escape 60’Edu atende à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e funciona com as matérias de Português, Matemática, Ciências Humanas (História e Geografia) e Ciências Naturais para os alunos do terceiro ao sétimo ano do ensino fundamental.
Apesar de a plataforma não estabelecer um vínculo direto com os estudantes, o “objetivo é permitir o acesso a todos os desafios criados para as crianças”. Quando perguntado sobre a viabilização da plataforma nas escolas públicas, Szymonowicz defendeu que o modelo pode ser híbrido ou completamente digital, e que o programa é acessível por computador, tablet e celular. “A replicação do ensino permite que todos possam usufruir”, acrescenta.
Ainda foi destacado que a empresa deseja continuar no ramo da educação “por muito tempo”. “Tem muito ganho a ser oferecido aqui e é algo que a gente entrou para ser uma aposta muito grande”, conclui Szymonowicz.
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